quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Resenha #1 - Os Delírios de Consumo de Becky Bloom


Admito que sim, a série da famosa Becky Bloom eu comecei a ler depois do filme! O que, francamente, quase nunca acontece. Lembro de quando vi o trailer do filme pela primeira vez, em 2009, quando ainda tinha tempo para assistir a programação inteira do cinema (bons tempos!), aquele foi o tipo de trailer que, após assistir, já roía as minhas unhas de vontade de vê-lo. Mais do que depressa, descobri que Mia Thermópolis, Hermione Granger e até Bridget Jones (com quem costumo me comparar) não eram minhas "eu-famosas", Becky me descrevia e, garanto que, todas as garotas que não conseguem sair sem uma sacolinha (seja ela do McDonald's) do shopping, ou aquelas que ao pisar fora de uma loja, logo sentem uma dorzinha no coração, viram tudo o que vêem no espelho refletido personagem criada por Sophie Kinsella.

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, Shophie Kinsella, Editora Record, nota 9,8.

Rebecca Bloomwood, ou como prefere ser chamada, Becky Bloom, é uma shopahollic típica que vive em Londres e trabalha, por incrível que pareça, em uma revista de finanças. Um fato marcante sobre livros que costuma chamar bastante minha atenção é a referência da cultura inútil (ou não) mostrada no enredo. Becky sempre cita marcas, lugares e comportamentos de pessoas que são típicos do lugar onde mora. "Adoro o que a Ally Smith vende, então claro que eu sabia o preço de cada item na loja e se eles tinham algum similar na Jigsaw ou na French Connection..". Essa característica torna o livro mais real e adiciona muito mais conteúdo à personalidade nada comum (e linda) de Becky.
Gosto da forma como é mostrado a compulsão da personagem. Mesmo que de forma sutil, a escritora faz questão de demonstrar o quão é difícil, para Becky, sair de uma loja sem gastar nada. "Sei que não devo estar gastando dinheiro, mas esta é uma peça única. São os jeans mais charmosos que já vi. E 90 libras não é nada por uma calça jeans de boa qualidade..." Acredito que, assim, as leitoras consigam se aproximar mais ainda da personagem que, no final das contas, não é nenhuma heroína clichê.
Como não poderia faltar em um Chick-Lit, o romance está presente porém, infelizmente, aparece muito pouco, comparado com o tanto que Becky visita uma loja. O caso entre Luke e Becky é totalmente fofo e deixa a história muito melhor do que seria sem a presença dele. Confesso que fiquei confusa quando li o livro pois, como já era de se esperar, o filme tem (muitas) coisas diferentes e, a principal delas é que Luke é editor da revista onde Becky trabalha e não publicitário, como no livro. Mas, tirando todos os problemas, o casal é um dos meus favoritos.
Voltando a temática das compras descontroladas, o livro é composto de cartas de cobrança que Becky recebe junto da resposta dos bancos em relação à seus pedidos estranhos. "Prezada Srta. Bloom: Lamento muito que tenha quebrado a perna..." ; "Prezada Srta. Bloom: Agradeço pelo rápido envio do cheque de 43 libras, portanto devo dizer que, apesar de estar assinado, este está datado para o dia 14 de fevereiro de 2200..."
Não querendo contar muito sobre o livro e transformar esse post em um spoiler, garanto que Os Delírios de Consumo de Becky Bloom será um dos melhores livros que você lerá em sua vida. Rápido, gostoso de ler e em uma linguagem atual, a obra traz toda a excentricidade de Sophie Kinsella e sua famosa personagem sem limites.

Espero que tenham gostado da resenha.
PS: Esclarecendo uma certa polêmica gerada com o último post, não existe nenhum Garoto Sardento (ou melhor, existem várias pessoas sardentas nesse mundo), porém, a carta não é baseada em fatos reais!






9 comentários:

Anônimo disse...

Nunca assisti, só ouvi falar do livro.
DEve ser bom!

Bia Carvalho disse...

Oi,
Sei que é meio chato entrar em blog de amigos para fazer propaganda, mas desta vez é por uma boa causa!

Postei o primeiro capítulo do meu livro Jardim de Escuridão, para o qual ainda estou em busca de uma editora.

Seria muito importante para mim se você o baixasse e lesse. São apenas 17 págs. Depois, se puder deixar um comentário na postagem falando o que achou (sinceramente), eu agradeceria.

http://amormisterioesangue.blogspot.com/2010/10/ja-baixou-o-primeiro-cap-do-meu-livro.html

Obrigada!

Erica Vittorazzi disse...

Eu ainda não assisti este filme, mas quero. Ser que não vou me reconhecer no filme, sei muito bem me controlar...


beijos

Helen Karoline disse...

Não assisti o filme inteiro, mas o pouco que assisti sem me interromperem eu já adorei. A Becky é meio eu também, adoro comprar e me sinto um nada quando saio do shopping sem ter comprada nadinha :( LKJHGLFDHG
Tô seguindo *-*
Beijos querida :*

Gabriela Furtado disse...

Engraçado, ouvi falar desse livro hoje. To doida para ler
adorei a visita e voltarei mais vezes
beijos

Nina Auras disse...

Nossa, o filme é muito engraçado! O livro deve ser ainda melhor, vou procurar. O do cheque de 2200 me fez rir tanto que eu até contei pra minha MÃE, cara (ela era a única por perto), e ela riu também. Adorei!

Ana Beatriz disse...

Eu quero muito ler Becky Bloom! Um dos meus textos foi até inspirado nela, na nossa mania de sempre querer mais e mais e comprar excessivamente. Estou louca para ler o livro há tempos!

ΞĐU disse...

Olá, Júlia...
Navegando pela internet, achei este seu espaço...
Olha, muito bom o seu blog, suas idéias, sensibilidade e seu bom gosto...
Parabéns pelo trabalho! Estou te seguindo.
Saudações,
EDU (http://edurjedu.blogspot.com)

Paulinha disse...

Não li, nem assisti, mas depois do seu post, fiquei curiosa.
(e acho que a melhor coisa que uma resenha pode fazer é deixar um leitor com vontade de ler...)
bj