Olhava ao redor, 1, 2, 3, contava quantos pulos as pequenas pedras davam antes de mergulhar na escura água do lago, o qual centralizava o quadro sem moldura que eu observava com os olhos levemente pesados.
Quando o vento desistiu de seu jogo bobo com a árvore molhada, as gotas, que antes trilhavam caminhos em meu rosto, cessaram, indo de encontro ao chão.
1,2,3 voltas o "ponteiro pai" do meu relógio havia dado.
1,2,3 borboletas azuis cansaram após várias cambalhotas no ar.
Sentia tudo mudar, menos aquilo, tal coisa que minutos atrás não sabia da existência e, agora, em meio a este aperto interno, passei a conhecer.
Sinto muito, saudade, preferiria nunca ter este prazer.
Mudando de quadro pela primeira vez, olho para o lado, onde encontro somente a moldura de um auto-retrato, onde você deveria estar do meu lado, representado, rabiscado, rasurado, tinta à óleo ou giz de cera, preenchendo esse vazio.
10 comentários:
Parece que a moldura fica ali meio a toa, né? Entendo..
Adorei Ju! Quero te ver amanhã!
Também adorei aqui...srs
;D
BACANA!
Moldura e saudade marcaram.
Adorei o comentario no meu blog.
E adorei seu texto.
Achei ele sensivel, fofo e belo. Gostei da brincadeira com as palavras, achei um texto bom mesmo.
Fiquei admirada *-*
Estou te seguindo, quero continuar lendo suas palavras :]
Beijos :*
Owwwnnn *-*
simples exatamente como tinha que ser. se fosse eu escrevendo, nao o faria tão bem.
*-*
Lindo aqui,lindo post! *.*
Bjs!
nossa que lindo, adorei! beijos
Olá, vim retribuir a visita e me deparei com essa belezura poética. Parabéns.
beijokas. :)
Que lindo, tão fofinho esse texto.
Beijos
Adorei o texto! rsrs muito legal o lance da paisagem comparada a um quadro, e o vazio da saudade. Adorei o blog, sem falar em que o nome é muito criativo, bjão!
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