domingo, 27 de dezembro de 2009

Mamãe sempre ensinava...


Que com um ano novo, várias coisas novas surgem. Nós nos renovamos.
Não sei como será a "Júlia 2010", pois ainda encontro-me em 2009. Portanto, aqui vai uma - arriscada - previsão.

Prevejo um ano melhor do que o passado, sempre preferi anos pares, sem nenhum siginificado, eles são sempre melhores. Ano que vem, uma nova etapa começara na minha vida, novos hábitos, novos lugares, novas pessoas. Na maioria do tempo, nada vai ser como antes, isso me assusta.
Mesmo sendo um ano par, vejo que terei altos e baixos, sempre preferindo os altos. Sinto que começarei novas coisas, descobrirei coisas novas em mim, na minha capacidade e nos meus talentos. Não digo que serei boa em tudo novo que começar, apenas me esforçarei ao máximo para terminar tudo o que começar.
Uma das coisas que mais odeio fazer, terei que parar de odiar. Preciso muito me socializar. Novas pessoas, novos lugares, novos rostos sempre fazem bem e por mais que eu odeie ter que perder a timidez, isso será preciso.
Vejo música, gritos, correria, vejo a dança voltando ao meu cotidiano - o que me alegra muito -, consigo enxergar notas boas na mesma proporção que enxergo o quanto sofrerei com números e átomos. Vejo livros, que lerei por vontade e diversão própria e vejo letras e palavras que lerei e não entenderei o que querem dizer.
Quero muito participar e conseguir entrar em listas, lugares que esse ano, não consegui, por mais que tenha tentado. Não desistirei, tentarei novamente.
Sei que me inspirarei em novas pessoas e que odiarei mais. Isso não é bom, mas o que posso fazer quando adoro ser crítica?
Não prevejo, mas prometo tentar ser uma pessoa melhor, por mais clichê isso pareça. Promessas para novos anos não dão certo comigo, mas continuo prometendo, teimosia é um dos meus defeitos, mas, as vezes, ela é boa. Uma pessoa melhor, que preocupa-se mais consigo mesma do que com os outros, não ligarei para o que pensam e sim, para o que sinto. Eu, em primeiro lugar. Digo isso mesmo sabendo que posso passar o sentido "egoísta", mas, explicando-me, sou uma pessoa que importa-se mais com as pessoas e como se sentem, do que com o que sou e o que sinto, isso sim, precisa mudar. Ou melhor, isso precisa parar, precisa de um fim. Eu preciso de um novo começo, um novo eu.
O meu eu em 2010 será melhor, alegre, "egoísta", otimista e realista.
Daqui uns dias volto aqui e mostro que escrever essa previsão não adiantou nada.
Mas, novamente, o que posso fazer quando sou teimosa?
Assim, concluo que ser teimosa me ajuda, me motiva.
Eu sei bem que todas as mamães desse mundo nos fizeram para não sermos insistentes e, muito menos, teimosos. Essa teoria valia sim, na fila do caixa, quando você queria o sucrilhos que trazia como brinde os novos adesivos em terceira dimensão. Agora, sejam teimosos, assim como eu. Essa é uma ótima hora, para dizer NÃO ao que mamãe dizia.
PS: Aproveitem e comprem presentes para suas mamães, elas sempre nos desculpam com presentes!

Um ótimo ano novo e sorte com seus novos vocês.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Filhas, não esqueçam de suas mamães.


Vivera sempre feliz até o dia em que um garoto, o qual ainda dependia de todos, quebrara seu coração. Depois, ela se foi. Com a faca do bolo e os comprimidos de vovó, acabou com a vida ainda não começada.
"Morrer é fácil, difícil é viver."
Palmas para todas as garotas que perdem vidas e momentos por garotos, drogas e outras coisas viciantes. Não sabem o que é sofrer.
Eu tenho, sim, dó delas. Dó, apenas isso.

Mamãe anda cansada, não me diz mais coisas para analisar.
Beijo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mamãe sempre citava...


Que precisamos ser nós mesmos. Mas, não é isso o que vejo aqui.
Vejo pessoas fingindo que são uma coisa, quando não é isso o que querem ser.
Vejo roupas sendo usadas, apenas para: conseguir namorados, fazer parte de uma turma, fingir ser o que não é, novamente.
Vejo lugares sendo frequentados por pessoas que não desejam estar lá, eu não entendo por que ficam, não faço idéia.
Vejo livros, programas e mais hobbies sendo adorados por pessoas que odeiam, somente fazem por que outra pessoa, banda, ator, sex simbol, faz.
Vejo grupos onde não há amizade, a qual deveria ser o ingrediente principal, onde o ódio rodeia o conjunto.
Vejo um mundo onde paz, amor e vida estão esgotando. E eu não posso fazer nada.
Não vou dizer que apenas fiz o bem, eu ajudei sim para essa má situação.
Já fingi ser várias pessoas que não sou. Hoje eu sou eu, sem mais nem menos, apenas eu.
Já usei todos os estilos, do colorido ao rock, do patricinha pobre ao hippie, hoje me dou muito bem com saias de cintura alta, sapatilhas e bijuterias da minha avó.
Já li livros apenas pela moda, já vi filmes apenas por estarem nos mais assistidos dos cinemas e já fui em lugares para seguir a fama da cidade, odiei. Hoje, o pouco que saio de casa, apenas vou para aqueles lugares aonde em sinto bem, aqueles estranhados por todos.
Já participei de grupos onde não gostava de ninguém, apenas queria ser conhecida. Hoje, percebo quem são verdadeiros amigos, e, esses sim não saem mais de perto de mim, eu os proíbo!
Como já disse aqui, tenho 14 anos e, espero, muita vida para viver, sei que vou mudar e repetir os mesmo erros, só quero achar-me depois, viva.

Aviso: Se algum dia me econtrarem, com o cabelo tingido, tatuagens, decotes, ouvindo pagode, amando o futuro e beijando caras que não conheço, por favor, me levem de volta à mim.
Obrigada!




sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mamãe costumava dizer que conhecimento é tudo.



Me encontro perdida em um caminho novo para mim. Procuro placas de informação, pessoas, mas tudo ao meu redor é escuro, cinzento. A minha frente, uma grande floresta negra, barulhos ezitantes podem ser ouvidos, alguns ruins me fazem ter medo de prosseguir, já outros, me levam à recordações que me dão vontade de parar, olhar para trás e seguir, pelo caminho errado, o caminho já andado. Procuro novamente por direções e peco a olhar para trás. Meu passado. Vejo cores, tanto alegres, quanto escuras Pessoas conhecidas passam andando rapidamente, as mais marcantes, importantes ou não, acenam. Algumas dizem um 'olá' vago, outras apenas agitam as mãos - dizendo algo que eu não reconheço como 'oi' e sim como 'tchau' -, outras apenas fingem que não me conhecem, envergonhadas, mas eu as conheço, muito bem para sentir vontade de cumprimentá-las. Vejo passar, calmamente, pessoas idolatradas por mim, das quais sinto imensa falta, mas ao tentar correr para abraçá-las, meu corpo atinge uma imensa parede transparente, dividindo meu passado de mim.
Tentando procurar alguma saída, por menor que seja, naquela imensa divisão, uma grande onda de gritos simbolizando discussões atinge meus ouvidos, com um reflexo, me agacho, tampando as orelhas, mas não adianta, os barulhos aumentam e eu percebo que tudo não está no outro lado da divisão e sim na minha memória. O que marca, nós não esquecemos.
Como mágica, os barulhos diminuem, mas não somem, são substituídos por sons calmos, gargalhadas, canções, já não sinto mais dor, e quando percebo, já estou de pé, e a floresta escura parece estar mais perto do que antes, olhando para trás, nem tudo é tão marcante assim. Meu peito dói ao ver pessoas das quais nunca mais vi. Saudade, a prova de que tudo valeu a pena.
Tentando poupar-me de tanta dor, olho novamente para o desconhecido e rostos novos chegam a mim, alguns conhecidos, vejo minha mãe, meu pai continua o mesmo - tirando os milhares fios de cabelos brancos novos - e um garoto, bonito, alto. Quem será? Ao chegar mais perto, bato a cabeça em uma nova divisão transparente, mas ainda assim, consigo indentificá-lo, meu irmão, grande, irreconhecível. Os três estão parados ao lado de uma garota da qual não conheço, todos sorriem para mim. Olhando para cima, vejo lugares dos quais nunca conheci, alguns já visito, outros somente passei rapidamente.
A floresta já não é mais densa como antes, restam poucas árvores, porém grossas, impossibilitando-me de ver um pouco mais.
Curiosidade invade o meu ser, corroendo-me, quero entrar, quero estar do outro lado ou apenas voltar para o conhecido, qualquer coisa que me deixe fora da indecisão, do meio. Onde me encontro agora.
Me sento e espero. Tudo parece tão devagar. Vejo as coisas dentro da floresta mudando, as vezes mais claras, as vezes mais difíceis de decifrar. Atrás, tudo já não é mais tão colorido, os sons já não são tão fortes, as pessoas já não são mais tão marcantes.
Já cansada de esperar, vejo uma porta, também transparente, surgir na imensa divisão da floresta, vou correndo alcançá-la. É tão longe, tão cansativo. Com as mãos nos joelhos, paro, arfando, olho para frente, ela ainda está lá, mas continua distante. Penso em desistir e ela quase some, ficando mais longe de mim. Ainda curiosa, volto a correr. Corro por horas, dias, anos, perco a conta.
Chego. Agora perto, consigo ver uma mensagem escrita na porta:

Olá navegante,
vejo que está cansado.
Não desista! Está perto, tudo depende de você.
O quanto mais querer, mais terá.
Para conseguir a próxima porta, leia, pesquise, estimule sua inteligência.
Abraços,
Tempo.

E, ao abrir a porta, ainda intrigada, entro em um corredor, e a floresta diminui mais um pouco, consigo ver mais coisas, e ao começar a fazer o que fora pedido na carta, já enxergo uma nova porta. Assim, outra busca começa e percebo que passa mais rápido que a inicial, quando chego fácilmente a outra porta.
Com mais uma mensagem, outra busca se inicia, e depois outra, logo após uma nova e assim continua. Um ciclo.
O final? Ainda não enxergo, as poucas árvores que sobraram na minha floresta possuem copas grandes e altas, que me impossibilitam de enxergar muito.
Minha curiosidade? Cresce e diminui aos mesmo tempo. Quero saber mais, mas já sei bastante.
Atrás? Ainda é lindo, colorido. Nem tanto quanto antes, mas meu nome está gravado em uma parte da divisão, que já não se parece mais com uma parede. Agora é uma caixa. Minha caixa de recordações, onde eu já não caibo mais.
Agora, deixe-me ir, tenho mais portas para abrir, mais pessoas para conhecer, mais coisas para aprender e não posso me abalar-me com coisas pequenas, pois elas não me levam a lugar nenhum, elas me afastam cada vez mais da minha linda floresta, que fica mais bonita a cada segundo.
O melhor? Isso tudo depende somente de mim, não é sempre bom tomar conta de tudo sozinho? Tudo agora é do meu jeito.

Deseje-me sorte, e saiba que essa sorte é recíproca, pois sei que todos aqui também precisarão.

Postei esse texto também lá no www.freckledguitar.blogspot.com
Beijos e ouçam quando mamãe diz que futuro vale SIM a pena.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Mamãe sempre dizia...


... que começos são difíceis, mas que se encararmo-os com naturalidade, não parecerão um começo e sim mais um dia fatídico. Posso citar, como exemplo, primeiros dias em escolas novas, onde tudo parece horrívelmente novo para você, não conhece ninguém e sabe que terá de encarar aquilo sozinho, sem ninguém amigável por perto. Mães sempre estão conosco, seguram nossas mãos e dizem que tudo ficará bem e que a nova escola será melhor que a primeira, certo? As mesmas frases de apoio, sempre.
Agora, começo um novo blog, já não conseguindo mais contar nos dedos quantas vezes fiz isso. Minha mãe não está aqui, e muito menos vai saber um dia da existência, se caso ela ocorra, desse blog. Eu espero. Aposto que não sou a única a sofrer de falta-de-assunto-para-um-primeiro-post, e nada melhor como ocorrem em encontros, vou me apresentar, resumidamente.

Júlia, nome escolhido por mamãe depois de, sem ter mais o que fazer, assistir os vários filmes de Julia Roberts, isso não é engraçado. Seria bom se eu tivesse algo dela, além do nome. Tenho também em casa um pai e um anim... irmão. Não, ele não se chama Leonardo (di Caprio), Richard (Gere) ou Hugh (Grant), só comigo mamãe se inspira em romances hollywoodianos. Tenho um cachorro, o qual, na hora de dar seu nome, copiei mamãe me inspirando em alguém famoso, assim, Dougie (Poynter), entrou na família. E também, assim como eu, ele infelizmente não tem nada, a não ser os olhos verdes e o nome, de sua inspiração.
Costumo odiar tudo, é. Como eu posso viver em um ambiente onde ninguém tenta me entender? Eu sou a única pessoa que não gosta de sol, cerveja e gente pelada nesse país?
Sonho com livros, escritos ou não por mim, crianças, minhas ou não, um apartamento e um marido. Não quero ser famosa nem nada do tipo, minha única vontade é escrever, talvez não usando meu nome (roubado), e mostrar a todos a minha maneira de ver o mundo, assim como vários outros escritores já me passaram ou ainda passarão.
Simpatizo com artes, roupas e pessoas. Odeio números, pois acho-os dispensáveis. Amo palavras e coisas antigas. Ainda não entendo por que não nasci em 1960, mais um sonho, que apenas não o o cito, por nossa incapacidade de voltar no tempo.
Tenho 14 anos, apesar de todos pensarem que já fiz 15 e, agora, posso dizer com orgulho, que já debutei - por mais estranho que isso soe -, contarei outro os conselhos de mamãe sobre debutar. Encontro-me na melhor época do ano, pré-natal, não, não estou grávida, apenas acho dezembro o melhor mês. Mesmo parecendo totalmente infantil, o natal siginifica muito para mim, sem nenhuma razão concreta.
Tenho mais defeitos do que qualidades, na realidade, não consigo achar nada que não seja um defeito em mim. Admiro quem já fez história pelo que faz e não pelo que parece e acho que as pessoas deveriam mostrar o que sabem fazer, não o que têm por baixo das roupas.


Mamãe sempre me diz para não falar demais, por isso, contarei mais sobre minha vida e outras coisas, das quais acho legal falar, outro dia. Me despido agora, como mamãe me ensinou, desejo um bom dia e espero (REALMENTE) que você volte sempre.